A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/TO), por meio da Polícia Científica do Tocantins, se unirá, entre os dias 26 e 30 de agosto, à mobilização nacional para identificação de pessoas desaparecidas. Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, a ação tem como objetivo ampliar o número de perfis genéticos de familiares coletados, aumentando, assim, a probabilidade de identificação de indivíduos desaparecidos.
Durante o período da mobilização, a coleta de DNA será realizada com familiares de pessoas desaparecidas que ainda não tenham contribuído com amostras em ações anteriores. Os perfis genéticos coletados serão inseridos em bancos de dados locais e nacionais, e continuamente comparados com amostras de pessoas vivas ou falecidas que também se encontram no banco de dados. A identificação é facilitada quando a coleta é feita por familiares de primeiro grau da pessoa desaparecida, sendo recomendável que ao menos dois parentes participem.
O perito Marciley Alves Bastos, chefe do Laboratório de Genética Forense explica que a campanha foi realizada nos anos de 2021 e 2022, momento em que foram coletadas amostras de DNA de pessoas desaparecidas e de pessoas vivas sem identificação. “Todas as amostras coletadas nesses anos foram incluídas em um banco nacional de dados. É importante ressaltar que se você já forneceu seu material genético para a perícia anteriormente, não é necessário comparecer novamente”, pontua.
Para participar, os interessados em fornecer material genético devem comparecer ao ponto de coleta mais próximo de sua residência entre os dias 26 e 30 de agosto. Fora desse período, a coleta continuará disponível nas instituições de perícia. É necessário levar um documento de identificação e uma cópia do Boletim de Ocorrência de desaparecimento, além de objetos pessoais que possam conter material genético da pessoa desaparecida, como cordão umbilical, um dente que se tenha guardado, escova de dentes ou um objeto de uso único e pessoal do desaparecido. Crianças também podem participar, desde que acompanhadas por um responsável legal.
O titular da Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (Polinter - Palmas), delegado Luciano Barbosa de Souza Cruz, destaca que é importante que parentes de primeiro grau do desaparecido forneçam seu material genético para que possa ser incluído no banco de dados. A ordem de coleta é dada pela mãe e o pai biológico, na sua falta, é optado pela coleta de material genético dos filhos biológicos e o outro genitor desses filhos e por último, os irmãos biológicos.
No Tocantins, todos os Núcleos de Medicina Legal do Estado estão disponibilizando pontos de coleta para essa mobilização. A coleta do material genético é simples e indolor e consiste em passar um cotonete no interior da bochecha para recolher células das mucosas. O processo é rápido e serve apenas para obter o perfil genético dos familiares.
“Esses perfis genéticos são inseridos em um banco nacional de DNA dedicado à busca de pessoas desaparecidas. O perfil permanece nesse banco até que a pessoa seja localizada. Além disso, em casos de suspeita de desaparecimento fora do país, tráfico de pessoas, ou adoção irregular e ilegal, compartilhamos esses perfis com a Interpol, para ampliar as chances de recuperação”, destaca o delegado Luciano.
A participação de todos é crucial para a solução de casos de desaparecimento e a recuperação de pessoas que estão fora do convívio de suas famílias.
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