Por Gabryella Ferreira – Ascom Semeg
Nesta quarta-feira, 22, a Prefeitura de Gurupi, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMEG), realizou o “Dia D” da Inclusão Escolar no Centro Cultural Mauro Cunha. O evento foi um marco importante para a comunidade educacional, abordando o tema “Como lidar com o Neurodivergente”.
O principal objetivo do Dia “D” da Inclusão Escolar foi promover a conscientização e capacitação sobre a inclusão de alunos neurodivergentes no ambiente escolar. Além da palestra principal, que tratou de estratégias e práticas para lidar com estudantes, o evento contou com estandes onde foram expostas as produções dos alunos, destacando suas capacidades e talentos.
O evento proporcionou um espaço de diálogo e aprendizado para educadores, pais e toda a comunidade escolar. Ana Caroline de Andrade, psicóloga e palestrante do evento, destacou a importância dos temas abordados. “Discutimos os principais transtornos do neurodesenvolvimento, como TEA, TDAH, deficiência intelectual, dislexia, síndrome de Down, e TOD. Enfatizamos práticas escolares inclusivas e o papel da família no apoio ao aprendizado. Garantir a saúde mental desses alunos é essencial para que eles atinjam seu potencial”, explicou.
A professora Aureni Gomes da Silva, da APAE, destacou. “Eu trabalho com coreografias, com alunos com problemas auditivos e mudos. É através dos movimentos da música que consigo deixá-los felizes. Também trabalho com a família, cuidando das mães que enfrentam problemas com os filhos ou dificuldades financeiras. Meu papel como professora e coordenadora da família é oferecer esse suporte”, disse.
Michele Araújo Rodrigues, mãe das gêmeas Alexia e Angelina, que são autistas, elogiou a sala de recursos de Atendimento Educacional Especializado (AEE). “As meninas desenvolveram bastante com a ajuda da sala de recursos e desde que iniciaram no CEMEI e agora na escola Domingos Barreira, no 4° ano, com a mesma professora, tiveram uma evolução notável. A parceria entre escola e família tem sido excelente”, contou.
A professora Andréa Martins Silva Milhomem, da sala de recurso AEE, comentou sobre a formação contínua e os desafios enfrentados. “Fiz uma especialização e várias formações oferecidas pela SEMEG e universidades federais. O projeto ‘Emoções e Ações’ tem sido crucial para nosso trabalho com as crianças, focando no equilíbrio emocional. Contudo, muitas famílias carentes enfrentam dificuldades em manter as terapias necessárias, e a escola tem desempenhado um papel fundamental em suprir essas lacunas”, afirmou.
Participação e Expectativas
Graziella Ponce, psicóloga do departamento de coordenação de inclusão e acessibilidade, explicou a abordagem do evento deste ano. “Demonstramos, através das produções dos professores de AEE, como a inclusão é promovida dentro das unidades escolares. Desde a sala regular até todo o contexto escolar, a inclusão é um esforço coletivo. Acreditamos que todos os alunos têm potencial para aprender, independentemente da deficiência”, disse.
Fernando Roseno da Cruz, do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, enalteceu a iniciativa. “Todas essas crianças têm condições de aprender, basta sabermos como ensinar. A capacitação dos professores tem melhorado a vida desses alunos, que precisam de uma atenção mais específica”, frisou.
Ilda Venâncio Corrêa, coordenadora de educação inclusiva, ressaltou a importância do acolhimento às famílias. “Nosso evento teve como objetivo principal o acolhimento das famílias e dos professores. Apresentamos uma metodologia específica e recursos necessários para o atendimento dos alunos com necessidades especiais. Acreditamos ter alcançado nosso objetivo”, disse.
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