Com o objetivo de ofertar atendimento especializado direcionado para as pessoas transexuais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), na segunda-feira, 26, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) reuniu-se com movimentos sociais, secretarias municipais de saúde dos municípios de Palmas e Araguaína, para debater a linha de cuidado do processo transexualizador do Tocantins. Na ocasião, temáticas como acolhimento; atualização no cadastro para inserção do nome social; triagem pela equipe técnica de enfermagem; acolhimento e encaminhamento para atendimento com profissionais médicos, enfermeiros e demais especialistas, que serão ofertados no Ambulatório Transexualizador, foram discutidas.
O superintendente de Políticas de Atenção a Saúde (SPAS/SES-TO), Robson José Silva, afirmou que “a partir dessa articulação da reunião de hoje[segunda-feira, 26], com as Semus e os hospitais, no caso representados pela Superintendência de Unidades Hospitalares Próprias, a gente inicia o processo de como vamos atender a população transexual no Tocantins. Então, a maior importância é efetivar o atendimento e o atendimento já direcionado. Quero ressaltar que o Estado já atende a população, mas não atendia com esse caráter de ser um atendimento centrado no processo transexualizador. Antes, se a pessoa que precisava de um serviço, por exemplo, de ginecologia e urologia, acessava um serviço da especialidade. Agora, vai poder acessar um serviço de especialidade, mas olhando para a condição e o ciclo de vida”.
A superintendente de Média e Alta Complexidade da Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (Semus), Ludmila Nunes, afirmou que “esse é um momento muito importante, porque estamos tentando organizar o serviço do Ambulatório Trans. Esse ambulatório, anos atrás, funcionou no município como Ambulatório Dandara, mas era algo isolado e, agora, com o Estado estamos tentando desenvolver e organizar esse serviço, tanto no âmbito municipal quanto no estadual. Então, estamos com toda a equipe do Estado e do município nessa organização. Prevemos que até setembro, ou outubro, esse ambulatório esteja funcionando no município de Palmas. Aguardamos só terminar de articular, desenvolver algumas pactuações com o Estado para ver como será realmente o gerenciamento desses ambulatórios”.
“Para a gente, é muito importante estar aqui nesta reunião, enquanto entidade Casa Mais, colaborando para o processo transexualizador aqui no Estado do Tocantins, que visa ampliar e melhorar a saúde da população trans em relação à hormonioterapia aqui no nosso Estado. Acho importante esse debate de hoje com os representantes da saúde e acredito que é uma construção coletiva de todos e de todas, que visa ampliar e qualificar os profissionais da área da saúde para atender a essa demanda da população trans aqui no Estado”, afirmou a coordenadora da Casa A+ de Palmas, Jessica Lorrany.
O coordenador do Programa Diversidade na Saúde, Francisco de Assis Neves Neto, também esteve na reunião, e afirmou que “nesta reunião, estamos discutindo o alinhamento e a apresentação de alguns fluxos para andamento do processo transexualizador no Estado do Tocantins. Estamos fazendo o levantamento das ações que já foram construídas para apresentar ao grupo condutor, para que seja aprovado e, assim, a gente consiga dar andamento a resultados, na intenção de que o ambulatório possa ser instalado o mais rápido possível no Estado”.
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